PCP insiste com Governo

Urge salvar a <i>Oliva</i>

Na Assembleia da República e em São João da Madeira, os comunistas tomaram posição a favor de uma intervenção do Governo que viabilize a Oliva.

Vi­a­bi­lizar a Oliva é do in­te­resse do País

«Manter em funcionamento a Oliva, com os seus 184 postos de trabalho, que é uma das maiores empresas do sector metalúrgico, não será apenas do interesse dos trabalhadores, mas também do interesse do concelho e do País», salienta Jorge Machado. No texto que fundamenta os dois requerimentos, que segunda-feira dirigiu aos ministérios do Trabalho e da Economia, o deputado comunista defende que «deve o Governo providenciar no sentido da sua viabilização e considerar que é mais importante fazer investimentos do dinheiro público a ajudar o sector produtivo nacional do que a apoiar actividades especulativas do sector financeiro».
Ao ministro Vieira da Silva, o PCP pergunta que medidas vai tomar para garantir a viabilização do plano de recuperação da empresa e a manutenção dos postos de trabalho. Da ministra Helena André, quer saber o que vai fazer para assegurar o pagamento dos salários em atraso.
No mesmo dia, a Comissão Concelhia de São João da Madeira do PCP distribuiu um comunicado, aos trabalhadores da metalúrgica, em que destaca que «o estudo económico do administrador da insolvência demonstra que é possível viabilizar a empresa em pouco tempo», o que contradiz a decisão de propor ao tribunal a dissolução da firma.
A organização local do PCP entende que «a falta de diálogo com as estruturas internas dos trabalhadores e o não pagamento atempado dos seus vencimentos são procedimentos que não parecem compatíveis com uma gestão apostada em garantir a laboração». «A luta dos trabalhadores por trabalho com direitos foi e é parte integrante da luta pela manutenção da empresa», salienta a concelhia.
Com base no estudo económico, «o Governo pode e deve» accionar os meios do Estado, nomeadamente a CGD ou fundos especiais de apoio às empresas. A Oliva «continua a contar com encomendas e com trabalhadores empenhados em ultrapassar obstáculos e procurar soluções», sublinha o PCP.
A proposta do administrador judicial foi enviada aos credores no dia 4, devendo estes pronunciar-se num prazo de dez dias, que termina hoje. Para segunda-feira estava marcada uma assembleia de credores, entretanto adiada.


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